Ela e a Maquininha

Tinha tudo para ser um grande domingo, afinal era jogo do tricolor de Porto Alegre e eu tinha no bolso uma grana para poder beber umas várias cervejas. Estava só sentado em um bar da avenida Goethe quando de repente aparece aquela maravilha adentrando no recinto, era uma deusa, linda e com um corpaço de dar inveja a muita mulher gostosa por ai. Rapidamente ela senta ao lado e me cumprimenta, lembro de olhar para os lados para ver se não era com algum outro solitário do bar. Começamos a conversar e ao mesmo tempo, cervejinha vai, cervejinha vem, o Grêmio não estava tão empenhado naquele jogo, quanto eu estava no meu.
Aquela conversa estava indo tão bem que eu já sabia mais ou menos como iria acabar aquele momento, não conseguia disfarçar muito a minha ambição de ter aquela bela escultura de Deus, nos meus braços. Ela percebeu em meu olhar o evidente desejo que pairava sobre mim que acabou se derretendo toda em meus braços e por si, acatou o desejo que estava entre nós, de tacar um delicioso beijo.
Naquele momento só faltava o gol do tricolor! Mas não saiu e por ali ficamos, o jogo terminou e continuamos na nossa mesa tomando umas loiras, eu e aquela bela morena. Secamos os macacos e ao final do jogo deles, ela sugeriu uma sinuca em um pub próximo dali. Confesso que não queria que fossemos jogar a tal da sinuca, mas quem era eu para decidir algo no momento? Lá fomos nós para o pub quando ela encontra um casal de amigos, ali tomamos mais algumas cervejas e jogamos a sem graça da sinuca, ao meu ver. Eu achei que estava tudo se encaminhando para um final feliz e realmente parecia que estava mesmo.
Foi quando em uma fração de segundos meu castelo caiu. Ela com seus olhos de lince conseguiu avista ao fundo do por sinal, belo estabelecimento, uma salinha escura com umas tevezinhas ligadas, eu na hora percebi do que se tratava mas nem dei bola, eu né! Ela não. Saiu em disparada para a escura sala de máquinas de caça-níquel e pasmem, aquilo me deixou em um estado que eu não sabia se ria ou se chorava, cheguei a conclusão que aquela perfeição de Deus, não era perfeita e pulei em mar aberto abandonando aquele barco. Posso ter me suicidado praticamente, mas foi melhor que continuar vivo para ver aquela aberração da natureza viciada em jogos de azar, á propósito, azar o dela.

Que clima hein!

Engana-se que Porto Alegre tenha o melhor clima do país. Engana-se mesmo! Esta amada capital do Rio Grande do Sul, situada no extremo sul do Brasil tem um dos tempos mais loucos do planeta. Onde o cara acorda em um dia tremendo de frio e já no outro suando como um porco. Essas reviravoltas do tempo maluco daqui fazem com que agente se sinta debilitado algumas vezes, tipo hoje, como me encontro.
Acordo com o tempo bonito, com sol na rua e um friozinho natural para a hora da manhã, mas que se torna fatal comparando-o com o tempo do dia anterior, onde a temperatura pela manhã não passava dos 12° graus. A bela conseqüência é que chego no serviço com aquele nariz escorrendo como uma torneira quebrada e intrigado por achar que uma gripe está por chegar.
Pior para ela, hoje é dia de jogar um magnífico futebol com a rapaziada e a melhor oportunidade para expulsar essa praga que derruba qualquer um. Aliás, um joguinho dos bons, com o clima melhor ainda. Só em Porto Alegre, mesmo. Só espero que amanhã, quinta feira não comece a chover e estrague mais um final de semana, já que é normal por aqui.

Só o tempo..

Hoje resolvi voltar a escrever, mas não sabia o que escrever. Não sabia se escrevia sobre o Grêmio, sobre o que ando sentindo, não sabia se relatava alguma coisa ou se permaneceria quieto no meu canto. Talvez pudesse escrever algumas coisas sem pé nem cabeça ou tentar me concentrar para extrair algo de produtivo. Vasculhando algumas páginas no orkut pela manhã calma aqui do serviço, me bateu certas saudades, certos rancores e certas alegrias e algumas tristezas. Mas também não sei dizer o por quê de tantas coisas passando na velocidade de um trem bala, com um turbilhão de pensamentos. Acho que o fato de ficar sem fazer muitas coisas nesta manhã fria de setembro me deixou com essa bobeira, com essa confusão na cabeça.
Esse tempo vago que as vezes cansa, as vezes mata e sempre que passa, cura, me fez crer que os momentos bons, quando acabam é por que momentos bons, vem à frente.
E isso eu já sou um perito! Posso dar um exemplo esclarecedor desta forma de se passar o tempo e de se livrar daquilo que nos deixa agoniados, comparando meu momento ao meu time.
Um time desacreditado, que ninguém dava o valor que ele merece, ressurgido das cinzas e aos poucos, dando um passo atrás do outro, foi conseguindo demonstrar a todos o por que está aqui. Com uma campanha incomparável, digna de um campeão, ele segue, segue de uma forma que me deixa muito feliz, por um lado e pelo outro, pois quem diria, eu, e o Grêmio estamos muito bem, obrigado. E o melhor de tudo isso, ainda na comparação, é que ao final desse tempo, vem a recompensa! E como não sou bobo nem nada, só quero o melhor de tudo isso! Despeço-me desejando a todos uma ótima semana, cheia de produtividade e muita positividade! “O que é nosso ta guardado”